O exame de ressonância magnética (RM) do ombro é um meio complementar com excelente acuidade diagnóstica em distintas patologias (doenças), bem como na avaliação da resposta aos tratamentos instituídos.
A dor no ombro é um dos principais sintomas que levam à execução do exame, apesar de poderem existir outros (dificuldade de movimentos, deficits de amplitude, edema (inchaço), crepitação, etc.).
A ressonância magnética ou ressonância magnética nuclear (RMN), contrariamente à radiografia (RX) e à tomografia computorizada (TC), não emprega radiação ionizante. A RM opera com um campo magnético intenso e ondas de rádio para gerar imagens pormenorizadas dos diversos órgãos e sistemas do corpo humano, neste caso do ombro.
Por norma, o exame é apenas realizado a um dos ombros (ombro esquerdo ou ombro direito), podendo, no entanto, em alguns casos ser realizado aos dois ombros (bilateral) no mesmo momento, sendo neste caso contabilizados dois exames distintos.
A ressonância magnética do ombro possui indicação na avaliação das patologias do ombro, principalmente nos doentes que apresentam dor no ombro que não responde à terapêutica médica conservadora.
Entre outras, podemos referir como principais patologias (ou doenças) em que existe indicação para realizar RM do ombro:
É importante frisar que outros métodos de diagnóstico mais acessíveis, como a ecografia (ultrassonografia) do ombro, o RX do ombro ou a Tomografia Computorizada (TC) do ombro, podem ser suficientes para diagnosticar algumas das patologias atrás referidas. Contudo, a RM do ombro é um exame com excelente acuidade diagnóstica, sendo muitas vezes usada como método complementar quando os exames atrás apresentados se tornam inconclusivos.
A artro ressonância magnética (Artro RM) do ombro é um exame ainda mais sensível que a RM do ombro. Consiste na realização de RM após injeção de contraste na articulação do ombro.
São reduzidas as indicações para a sua realização. Está geralmente indicada quando a clínica (dor, incapacidade na mobilização, etc) é significativa e a RM do ombro não apresenta alterações relevantes.
Através da ressonância magnética (RM) do ombro com contraste é avaliado o comportamento vascular das estruturas em observação.
O gadolínio é um produto de contraste usado em RM. Trata-se de uma substância aplicada por via endovenosa que amplia a intensidade de sinal das estruturas com fluxo sanguíneo aumentado, por exemplo no contexto de tumores ou inflamações. A utilização de gadolínio está contra-indicado em doentes que apresentam insuficiência renal grave.
As reações com gadolínio são muito menos frequentes relativamente à utilização de contrastes iodados (à base de iodo) em Tomografia computorizada (TC).
Chegado ao local, é solicitado ao paciente que troque a sua roupa por uma bata. De seguida, o paciente é colocado em decúbito dorsal (“barriga para cima”) na mesa que deslizará para o interior do aparelho de RM.
Durante a realização do exame serão fornecidas instruções via intercomunicador, devendo o paciente estar em repouso absoluto. A ressonância magnética é um exame não invasivo e indolor, ou seja, o paciente não experimenta qualquer tipo de dor durante a execução do exame.
Os aparelhos de RM que geram campos magnéticos mais intensos são idênticos a túneis e referenciados vulgarmente por ressonância magnética fechada ou de campo fechado. Em alternativa, particularmente para indivíduos com claustrofobia, existem aparelhos de ressonância magnética aberta. Estes aparelhos geram campos magnéticos menos intensos, pelo que as imagens médicas conseguidas exibem menor detalhe e resolução, mesmo assim com boa acuidade diagnóstica.
O Técnico de Radiologia executa o exame, adquirindo as imagens, que depois serão interpretadas e relatadas (relatório escrito) pelo Médico Radiologista.
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